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Ainda sinto o amor.
Nas palavras em fuga,
e no encontro dos sentidos.
No grito que não te alcança,
ou no sussurro em seu ouvido.
No desequilíbrio da balança,
ou na dança,
de nossos destinos.
Sinto o amor,
como necessidade,
de lucidez breve,
e embriaguez densa,
que derruba a consciência,
e de forma lenta,
modifica qualquer caminho.
Sinto o amor,
como batalha,
navalha na alma,
o horror da falha,
e a redenção da existência,
como a doce presença,
e a amarga desistência,
a fria solidão,
e o calor dos corpos,
de beijos mornos,
e coração em chamas.
Sinto o amor,
como esperança,
que, entre acertos e erros,
mantém a chama,
de nossos desejos.
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