terça-feira, 14 de janeiro de 2025

Descansa em Deus

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Aquele que descansa em Deus, descansa de suas próprias obras, como Deus descansou das Suas.
O descanso em Deus e o descanso de Deus são realidades da fé,
e que trazem todo bem ao coração.
O escritor de Hebreus disse que devemos descansar de nossas obras, posto que até Deus descansou das Suas próprias.
E afirma que esse Descanso é o fruto natural de crer que as obras de Deus estão todas feitas e acabadas como salvação para nós, assim como as obras Dele como Criador foram acabadas e consumadas também.
O Criador fez, e disse: "É Muito Bom!"
O Redentor fez, e disse: "Está Consumado!"
A questão é que assim como nós, humanos, não descansamos como criaturas, e, também, além disso,
não descansamos de nossa conturbação de destruirmos a Terra a cada dia, assim também não descansamos no amor de Deus, e trabalhamos contra a Graça,
visto que tanto o mundo já foi criado como também já está reconciliado com Deus em Cristo.
Apesar disso tudo, no entanto,
nós não entramos nunca no descanso, posto que não cessamos jamais as nossas obras de justiça própria.
Mas para aquele que crê,
não somente haverá, como também
já há um Descanso a ser usufruído desde agora, e que é obediência em fé à Lei da Graça, a qual nos diz que está tudo Feito.
Quem crê já conhece esse Lugar de Descanso!.


terça-feira, 7 de janeiro de 2025

Três anos de guerra

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Ao menos cinco reações deveriam ser despertadas  em nós pelas tragédias que acometem a humanidade: horror, empatia, solidariedade, senso de fragilidade e senso de igualdade. 
O que temos visto nesses três anos de guerra na Ucrânia tem exposto as vísceras de nossa ambígua condição humana.
Se por um lado, nos horrorizamos com a maldade, solidarizando-nos com suas vítimas, por outro, deparamo-nos com a falta de simetria em nossa empatia, revelada descaradamente em nossa solidariedade seletiva.
Há um texto extraído do evangelho que poderia nos ajudar a ajustar o foco.
Dez leprosos vieram ao encontro de Jesus.
Depois de cura-los, Jesus os enviou ao templo para que fossem examinados pelos sacerdotes a fim de serem liberados para retomar o convívio social.
Dos dez, somente um retornou para agradecer a Jesus por sua cura,
e o texto faz questão de frisar que este era samaritano.
Enquanto estavam leprosos, não havia distinção entre eles, nem étnica, nem sexista, nem social.
Eram apenas seres humanos atingidos pela tragédia da enfermidade.
Tão logo foram curados e retomaram suas vidas, as distinções também retornaram.
Provavelmente, aquele samaritano voltou não apenas por ser grato por sua cura, mas também por não ter sido recebido no templo, visto que pessoas de sua etnia não eram bem-vindas lá. 
A julgar pelo que temos assistido, chegamos a um grau tão baixo de humanidade que as distinções prosseguem mesmo em meio a tragédia.
É inadmissível o que tem ocorrido aos negros que têm sido barrados ao tentarem embarcar nos trens em sua tentativa de deixar a Ucrânia.
É lamentável ouvir comentários de jornalistas correspondentes de guerra horrorizados pelo fato de que era um país europeu, com gente branca, loura e de olhos azuis que estava sendo atacada e não um país do Oriente Médio ou da África. 

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