terça-feira, 14 de janeiro de 2025

Descansa em Deus

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Aquele que descansa em Deus, descansa de suas próprias obras, como Deus descansou das Suas.
O descanso em Deus e o descanso de Deus são realidades da fé,
e que trazem todo bem ao coração.
O escritor de Hebreus disse que devemos descansar de nossas obras, posto que até Deus descansou das Suas próprias.
E afirma que esse Descanso é o fruto natural de crer que as obras de Deus estão todas feitas e acabadas como salvação para nós, assim como as obras Dele como Criador foram acabadas e consumadas também.
O Criador fez, e disse: "É Muito Bom!"
O Redentor fez, e disse: "Está Consumado!"
A questão é que assim como nós, humanos, não descansamos como criaturas, e, também, além disso,
não descansamos de nossa conturbação de destruirmos a Terra a cada dia, assim também não descansamos no amor de Deus, e trabalhamos contra a Graça,
visto que tanto o mundo já foi criado como também já está reconciliado com Deus em Cristo.
Apesar disso tudo, no entanto,
nós não entramos nunca no descanso, posto que não cessamos jamais as nossas obras de justiça própria.
Mas para aquele que crê,
não somente haverá, como também
já há um Descanso a ser usufruído desde agora, e que é obediência em fé à Lei da Graça, a qual nos diz que está tudo Feito.
Quem crê já conhece esse Lugar de Descanso!.


terça-feira, 7 de janeiro de 2025

Três anos de guerra

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Ao menos cinco reações deveriam ser despertadas  em nós pelas tragédias que acometem a humanidade: horror, empatia, solidariedade, senso de fragilidade e senso de igualdade. 
O que temos visto nesses três anos de guerra na Ucrânia tem exposto as vísceras de nossa ambígua condição humana.
Se por um lado, nos horrorizamos com a maldade, solidarizando-nos com suas vítimas, por outro, deparamo-nos com a falta de simetria em nossa empatia, revelada descaradamente em nossa solidariedade seletiva.
Há um texto extraído do evangelho que poderia nos ajudar a ajustar o foco.
Dez leprosos vieram ao encontro de Jesus.
Depois de cura-los, Jesus os enviou ao templo para que fossem examinados pelos sacerdotes a fim de serem liberados para retomar o convívio social.
Dos dez, somente um retornou para agradecer a Jesus por sua cura,
e o texto faz questão de frisar que este era samaritano.
Enquanto estavam leprosos, não havia distinção entre eles, nem étnica, nem sexista, nem social.
Eram apenas seres humanos atingidos pela tragédia da enfermidade.
Tão logo foram curados e retomaram suas vidas, as distinções também retornaram.
Provavelmente, aquele samaritano voltou não apenas por ser grato por sua cura, mas também por não ter sido recebido no templo, visto que pessoas de sua etnia não eram bem-vindas lá. 
A julgar pelo que temos assistido, chegamos a um grau tão baixo de humanidade que as distinções prosseguem mesmo em meio a tragédia.
É inadmissível o que tem ocorrido aos negros que têm sido barrados ao tentarem embarcar nos trens em sua tentativa de deixar a Ucrânia.
É lamentável ouvir comentários de jornalistas correspondentes de guerra horrorizados pelo fato de que era um país europeu, com gente branca, loura e de olhos azuis que estava sendo atacada e não um país do Oriente Médio ou da África. 

segunda-feira, 30 de dezembro de 2024

Poema sobre o amor de Deus

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Deus é amor.
E amor é o que todo ser humano quer.
Portanto, quando alguém quer amor, amor, tal pessoa quer Deus, mesmo que não saiba.
Assim é que João, um dos apóstolos de Jesus, já idoso, mais ou menos aos 90 anos de idade, resumiu tudo o que de Deus em Cristo Jesus aprendeu e apreendeu, apenas dizendo:
Deus é amor.
Quem ama é nascido de Deus e naturalmente conhece a Deus.
Mas como Deus é amor e tanto Deus quanto o amor são invisíveis e inconfináveis, o único modo de se expressar o amor a Deus e à tudo quanto seja Vida em Deus, é amando o próximo e a toda a criação do Criador.
Desse modo é que se pode dizer que se Deus tem uma religião,
ela tem apenas Um Dógma: amor segundo Deus.
Ora, o amor segundo Deus é entrega. Para Deus amar é dar vida e até a própria vida!.
Entretanto, esse amar, dar a vida só se torna significativo no encontro do homem com outro humano ou com outra criatura, ainda que menor supostamente na percepção do existente.
O homem não tem como amar a Deus sem ser atraves do próximo!.
Eu só expresso amor se minha vida for uma dádiva ao mundo no qual eu habito; seja esse mundo do tamanho que seja; grande ou pequeno; ou mesmo ínfimo.
Não adianta amar o Infinito se não se ama o finito!.
O amor ao Infinito só é possível aos humanos como amor ao finito!.
Afinal, de acordo com o espírito do Evangelho, quem não ama o pequeno, não ama o grande, assim como quem não é fiel no pouco, não é fiel no muito.
Desse modo se reconhece um filho de Deus: pela sua existência em estado de entrega ao amor como serviço sincero aos vivos e à vida.
E para que isto aconteça basta que a pessoa se dê em amor onde quer que esteja!.
Em certas pessoas isto só acontece quando são chocadas pela pregação do Evangelho e se convertem.
Há outras, todavia, que nunca tiveram essa informação, mas cresceram segundo o caráter dela,
da informação.
Com certeza apenas por causa de um segredo de Deus inexplicavelmente falado no silêncio de seus corações sinceros.
Esses são os filhos de Deus que os religiosos insistem em chamar de “criaturas” de Deus, a fim de diferenciar um humano do outro;
ou seja: o religioso do não religioso, ou do indiferente à religião.
O Pai, no entanto, sabe quem são os Seus filhos apenas e tão somente pela prática da fé que atua pelo amor, mesmo que tal fé na vida em amor não decorra de um ensino direto do corpo organizado do Evangelho.
Ora, isto é tudo que os “crentes” não gostam, ou mesmo abominam.
Sim, pois tal liberdade de Deus lhes mata o discurso de “poder e detenção” da verdade e de sua aplicação “conquistadora” na existência do próximo.
Foi por esta razão que alguns entenderam no passado que a igreja como ente social e visível tem a muitos que Deus não tem;
ao mesmo tempo em Deus tem muitos que a igreja não permite entrar.
Ou seja: a igreja pode estar cheia de gente sem Deus, enquanto Deus é Deus de muita gente sem “igreja”!.
Nele, porém, todos os que são do amor, são da Igreja!.
Nele, do mesmo modo, todos os que não são do amor, não são Dele; ainda que tenham igreja entre os homens.
É esta realidade prática do amor como confissão encarnada da fé que os “crentes” abominam; pois é melhor dizer que se crê num corpo de doutrinas do que entregar o corpo ser para ser a encarnação do dogma de Deus: o amor.
Se o Evangelho não produz esse fruto em mim, saiba: é porque em mim o Evangelho de Deus não habita ainda.

terça-feira, 24 de dezembro de 2024

Qual é o seu Natal ?.

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Existe vários Natais ao menos, um é o Natal do egoísmo e da tirania,
outro é o Natal da abnegação e da diaconia; um é o Natal do ódio e do ressentimento, outro é o Natal do perdão e da reconciliação;
um é o Natal da inveja e da competição, outro é o Natal da partilha e da comunhão;
um é o Natal da mansão,
outro é o Natal do casebre;
um é o Natal do prazer e do amor, outro é o Natal do abuso e da infidelidade; um é o Natal no templo com orquestra e coral,
outro é o Natal das prisões e dos hospitais; um é o Natal do shopping e do papai noel, outro é o Natal do presépio e do menino Jesus,
um é o Natal de José, outro é o Natal de Maria; um é o Natal de Herodes, outro é o Natal de Simeão;
um é o Natal dos reis magos,
outro é o Natal dos pastores no campo; um é o Natal do anjo mensageiro, outro é o Natal dos anjos que cantam no céu;
um é o Natal do menino Jesus,
outro é o Natal do pai dele.
O Natal de José é o instante sublime quando toma no colo o Messias.
A partir daquela primeira noite jamais conseguiria dormir em paz.
Sob seus olhos e sua responsabilidade cresceria aquele de quem falaram a Lei e os profetas.
Era de José a tarefa de ensinar ao menino a respeito de sua verdadeira identidade.
Enquanto recitava o profeta Isaías: “Porque brotará um rebento do tronco de Jessé, e das suas raízes um renovo frutificará".
O Natal de Maria é um canto de redenção: “A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador”.
Jesus anuncia a redenção de geração em geração, obra das mãos do Deus que visita e abençoa os humildes e pobres, mas humilha e despede de mãos vazias os poderosos e prepotentes.
Uma redenção que transborda a subjetividade do foro íntimo e se esparrama pelo chão das sociedades injustas, atravessando o tempo e fazendo livres nossos filhos e os filhos dos nossos filhos.
O Natal do anjo mensageiro é proclamação de boas notícias a todos.
José, Maria, pastores no campo e todos os que inclinarem seu ouvido e coração para ouvir.
Menos para o menino Jesus.
A boa notícia de Deus aos homens a quem quer bem,
Ao divulgar que na cidade de Davi nasceu o Salvador, que é Cristo,
o Senhor, o anjo mensageiro desperta a ira de Roma, seus governantes e imperadores.
Somente César é Salvador, filho de Deus e Senhor.
Mas de agora em diante estaria presente no mundo aquele cujo reino jamais terá fim.
A pedra profetizada por Daniel,
solta pela mão de Deus para esmagar todos os reinos deste mundo já rolava na história,
e atendia pelo nome de Jesus.
As espadas romanas derramaram sangue inocente os impérios deste mundo sempre derramam sangue inocente, mas o Rei dos reis,
o Senhor dos senhores, sobreviveu para desfazer a grande mentira.
O Natal dos anjos cantores definiu que Deus somente é glorificado nos céus quando há paz na terra entre os homens.
Desde então, Natal é necessariamente compromisso com a justiça, convocação para a reconciliação.
Os pastores no campo deixaram seus rebanhos, que guardavam do mal, movidos pela curiosidade e pelo impulso do maravilhamento,
e quem sabe, guiados pela intuição de que naquela noite em Belém o mal estava acuado, reforçando as frágeis trancas das portas de seus territórios, sabendo já que seus dias eram contados.
Havia irrompido o tempo quando o lobo e o cordeiro dormiriam juntos,
e nenhum espírito tenebroso ousaria ferir a noite do nascimento do príncipe da Paz.
E o Natal dos três reis Magos que não eram necessariamente três, reis que não eram reis, magos que não eram magos foi tempo de adoração. Estudiosos dos corpos celestiais, viram a estrela no Oriente, e foram em busca do rei dos judeus, para o adorar.
Trouxeram consigo ouro, incenso e mirra, pois sabiam que adorar é servir, doar, presentear.
O menino que recebeu presentes enquanto na manjedoura distribuiu entre os pobres as suas riquezas e nos ensinou; quem deseja me dar um presente que o faça a um dos meus pequeninos.
Assim, até hoje, os adoradores de Jesus se espalham no mundo distribuindo riquezas, abençoando os que sofrem, suprindo os pobres, promovendo a justiça e sinalizando a paz.
O menino Jesus também teve seu Natal.
E assim o explicou.
Eu vim para que tenham vida; eu vim buscar e salvar o que se havia perdido; eu não vim para ser servido, mas para servir e dar a minha vida em resgate de muitos.
O Jesus do primeiro Natal até hoje segue seu caminho batendo em todas as portas e dizendo “quem ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa, cearei com ele, e ele comigo”.

sábado, 21 de dezembro de 2024

O Natal de cada um

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Paulo disse que não era mais para se guardar festas religiosas como se elas carregassem virtude em si mesmas.
Assim, as datas são apenas datas,
e as mais significativas são aquelas que se fizeram história, memória e ninho em nós.
Ora, o mesmo se pode dizer do Natal, o qual, no cristianismo, celebra o “nascimento de Jesus”, ou, numa linguagem mais “teológica”, a Encarnação.
No entanto, alguns estudiosos e historiadores disseram que Jesus não nasceu no Natal, em dezembro, mas muito provavelmente em outubro.
Entretanto, o Natal é uma herança de natureza cultural, instituída já no quarto século.
De fato, o Natal da Cristandade, que cai em dezembro, é mais uma criação de natureza constantiniana,
e, antes disso, nunca foi objeto de qualquer que tenha sido a festividade da comunidade dos discípulos originais.
Por mais que a Encarnação, que é o verdadeiro natal, não é uma data universal embora Jesus possa ter nascido em outubro, mas sim um acontecimento existencial que tem seu inicio em nós quando cremos que Deus estava em Cristo, e se renova em nós cada vez que vivemos no amor de Deus, confiantes na Graça da Encarnação e na Encarnação da Graça: Jesus, o Emanuel.
Que embora o Natal da Cristandade não seja nada além de uma celebração religiosa, nem por isso ele faz mal a quem o celebra como quem come o pão e bebe o vinho do Amor de Deus em Sua Encarnação.
Isso porque, como qualquer outra coisa, o que empresta sentido às coisas não são as coisas em si mesmas, mas o olhar de quem nelas projeta, simbolicamente, o seu próprio coração.
Assim, que cada um tenha o Natal que em si mesmo tiver sido gerado!.
O meu é todo dia, pois, a cada dia vivo apenas porque creio que Deus estava em Cristo reconciliando consigo mesmo o mundo.
Do contrário, para mim não haveria natal, posto que um homem como eu já não encontra ilusões viáveis como o auto-engano para a existência.
Por isso digo: sem o meu natal de fé em Cristo, sobraria apenas o meu funeral de tristeza.
Há quem faça um natalzinho existencialmente do tipo “Casas Bahia”.
Há quem o torne algo tão “exato” que não o celebrar é como não comparecer ao “Aniversário de Jesus”.
Há quem não o celebre por julgá-lo uma festa pagã.
E há também quem o denuncie como um certo “apóstolo” que, desejando “teologizar” disse que a Encarnação não é para ser celebrada, mas apenas a Ceia do Senhor.
E concluiu que quem celebra a Encarnação celebra o Primeiro Dia em vez de celebrar o Sétimo.
Assim, conclui ele, tal pessoa voltou atrás.
E isso tudo sem lembrar que João diz que todo espírito que não confessa a Encarnação não procede de Deus, pois é espírito do anticristo, o qual já está no mundo, e, segundo João, “procede do meio de nós”.
Sem Encarnação, Aquele que morreu e ressuscitou não poderia dizer: “Vede! Um espírito não tem carnes nem ossos, como vedes que eu tenho!”.
Sem começo, não há fim.
Portanto, tratando-se de Deus,
Alfa e Ômega são a mesma coisa, pois Aquele que é é, e nEle não se podem separar eventos que salvam e eventos que não salvam.
E isso por uma única razão é quem salva é Ele, e não pedaços dEle!.
Portanto, como todos os dias, celebre seu natal com a gratidão dos filhos da Graça que se encarnou como manifestação de uma reconciliação que já estava feita antes de acontecer na História,
visto que o Cordeiro de Deus já havia sido imolado desde antes da fundação do mundo.
Portanto, não há nada tão final quanto o próprio começo de tudo NEle.

A nossa rotina

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Lendo a parábola do assaltado na estrada de Jericó parece restar a opção de querer ser o samaritano, tamanha sua bondade e por tornarmos seu ato emblemático e venerável, quando atos assim deveria ser a nossa rotina.
A parábola do assaltado reflete nossos dias aqui na Missão Vida, cuidando de gente que ninguém mais quer por perto, nem a sociedade cristianizada.
A figura do samaritano foi plantada na história pela fina ironia do Senhor Jesus, em vez de um judeu comum surgir ali e salvar o dia, aparece um samaritano desprezível; nenhum outro grupo étnico era mais odiado pelos judeus que os samaritanos.
Eles odiavam os romanos, os edomitas, mas nada que se comparasse ao ódio que nutriam pelos vizinhos.
O padrão estipulado por Jesus para o serviço cristão, também traduzido por amar as pessoas é inalcançável para a nossa natureza afastada d’Ele; amar é agir, não é sentimento, nem a declaração verbal deste.
Passarei a minha vida declarando meu amor, mas se as minhas ações não refletem esse amor, sou mentiroso, meu amor é mentiroso, nem é amor; atitude clara de benefício ao outro sendo ele quem for, isso é amor prático.
Sendo o amor de Deus uma prática e não um sentimento, então fui capacitado para amar pessoas mesmo não as conhecendo,
mesmo não gostando dessas pessoas.
Deus ordena que eu ame meu semelhante, que seja favorável, atento às necessidades desse semelhante, e não leio em parte alguma que deva gostar de alguém pra só então ajudar.
A Bíblia, minha única regra de serviço social e vida espiritual não tem um versículo sequer dizendo: “Ajude a quem você ama”.
Se as pessoas que precisam da minha ajuda tiverem que esperar até que eu simpatize com elas, sinta algo bom por elas pra só então vesti-las, alimentá-las, cuidá-las enfim, morrerão todas à míngua.
A forma efetiva do amor de Deus é ajudar até mesmo o adversário, o amigo que traiu, o colega que afrontou, o líder que humilhou em público ou no privado.
Ele, Jesus, não manda sentir coisas boas pelas pessoas ao meu redor, manda que eu ame-as assim como amo minha própria carne,
e eu gosto pra dedéu de mim
o amor que aprendo com o Deus encarnado me leva a uma ação amorosa e gentil em favor de cada humano; desconhecido, resistente ou detestável.

quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Poema sobre o lado de dentro

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Venham a mim todos os que estais cansados, e oprimidos, e sobrecarregados, e acachapados, e Eu pessoalmente porque Sou vivo, porque não Sou uma idéia, porque não Sou um ensino, porque não Sou um conjunto filosófico, porque não Sou um sistema, porque não Sou uma mecânica, porque não Sou um encadeamento logíco a ser compreendido de ponta a ponta. 
Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados porque Eu vivo, Eu pessoa, Eu com a minha mão que entra em ti, Eu te aliviarei.
Eu em ti e Meu pai em nós nessa simbiose que não é uma trucagem mental, que é uma habitação do Cristo ressuscitado vivendo dentro de você; que te dar poder como Ele mesmo disse: ' Receberes poder a descer sobre vós o Espírito Santo '. 
A explosão existência contínua, o big bang eterno da graça de Deus em estado de produção de mundos e de mundos, de novas possibilidades, Eu em vocês a explosão da vida.
A viagem é dentro de você, mudando de lado; do lado da presunção do " Eu posso ", por lado da certeza quebrantado que diz:  ' eu entrego ' .
Não é um caminho fora, é um caminho dentro, é mudar para esse lugar onde está o berço eterno do Meu aconchego.
Não é mudar o lado de fora, é mudar o lado de dentro. 
Aonde Deus é pai, é galinha, é útero,  é placenta, é asa quente, é refúgio, é sombra do sol, é abrigo na tempestade, é acolhimento invisível e incomparável.
Por amor Ele tira o meu peso e me devolve como peso a graça de amar.
Que proposta horrenda para alguns, se fosse imolar doze touros, talvez alguém achasse fácil, se fosse deita em esquinas vários despachos, alguns achariam factível, se fosse pegar todo o seu dinheiro e colocase no gazofilácio alguns diriam que pelo menos tem uma sinalização prática.
Que proposta horrenda para alguns, e sabe para quem não acontece ?.
Somente para aquele que não crê que Ele está vivo!.
Porque o Jesus mestre, o Jesus filósofo, o Jesus líder de qualquer outra coisa, o Jesus proponente, o Jesus filosófico, não tem poder maior do que o de Sócrates, Platão, Zenão,  Epicuro, Tales de Mileto, nenhuma das figuras do passado, nem do presente e nem do nosso futuro, Ele não transcende a nenhum deles a menos que você diga: Eu sei que Ele rasgou a mortalha da morte de dentro pra fora e, está vivo hoje.





 

terça-feira, 19 de novembro de 2024

Poema sobre a terceira guerra mundial

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Estou convencido de que se aproxima uma Terceira Guerra Mundial.
Ao contrário das anteriores,
o campo de batalha será todo o planeta e, pela primeira vez,
incluirá o território dos EUA;
por mais sofisticada que seja a tecnologia militar e a Inteligência Artificial que a suporta,
vão ser necessários soldados no terreno que irão morrer aos milhões, juntamente com populações civis inocentes.
Mais do que em qualquer guerra anterior; esses soldados serão os jovens e não os senhores da guerra, sejam eles os políticos que nunca submeterão a referendo a decisão de fazer a guerra, sejam os empresários e accionistas das empresas do complexo industrial-militar;
a única certeza  que temos sobre a guerra é que sabemos quando começa, mas não quando acaba;
a especificidade da Terceira Guerra Mundial é que, quando terminar todas as guerras terminam, estará em risco, pela primeira vez, não apenas a sobrevivência da espécie humana, mas a vida não humana do planeta.
É uma previsão distópica,
mas suficientemente realista para que proliferem hoje religiões centradas na ideia do apocalipse.
Eu sei que a maioria dos jovens, quando olha para o futuro, tem muito medo e pouca esperança.
Se quiserem ter mais esperança é preciso estarem preparados para enfrentar o medo  e os poderosos deste mundo que, aparentemente, deixaram de ter medo dos seus inimigos e vivem numa orgia de esperança.
Vista do Sul global, a Terceira Guerra Mundial já começou basta ter em mente o Iraque, Afeganistão, Líbia, Israel  e Siria.
Nos bastidores, países como França,  Polônia, Reino Unido, Lituânia, Suécia,  Finlândia e tantos outros,  estão querendo enfrentar a República federativa da Rússia. 
Quando falo da futura Terceira Guerra Mundial quero apenas significar que a escala da guerra existente vai aumentar exponencialmente e que ela atingirá também os países do Norte global para que algo se torne global, seja uma guerra ou uma pandemia.

sábado, 16 de novembro de 2024

דָּנִיֵּאל

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Entre jardins de jasmins e alfazema provençal onde o sol se descansa sua morada está.
Em seu cantinho de paz toda bondade se faz presente.
Não se confunda jamais nos canteiros e plantas onde o sol se descansa sua morada está.
Em seu cantinho de paz toda bondade se faz á todos que ali chegar.
Não se confunda jamais com a primeira impressão pode levar algum tempo pra conhecer  o coração.
E uma vez conhecido já não se é esquecido, pois torna parte de nós.
Esta alma tão bela semelhante a rouxinol com capricho adornado em flores de lavanda.
Pode chamar Daniele.
Pode chamar Dani.
Pode chamar Cristina. 
Pode chamar esperança.
Pode chamar o significado desse nome de: Deus é meu juiz e cristã.
Onde a primeira impressão pode levar algum tempo pra conhecer o coração.

quinta-feira, 14 de novembro de 2024

Poema sobre os meus quatro anos de casados

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Há mulheres que dizem:
Meu marido, se quiser jogar bola,
que jogue,
mas que lave o uniforme quando chegar.
Eu não.
A qualquer hora da tarde me levanto,
ajudo a torcer, a fibrar, a chorar e a gritar. 
É tão bom, só a gente sozinhos na sala,
de vez em quando os cotovelos se esbarram,
ele fala coisas como “o time é horrível”
“o juiz está roubando na cara dura”
e faz o gesto com a mão.
O silêncio de quando nos vimos a primeira vez
atravessa a sala como um rio profundo.
Por fim, os gols acabam acontecendo,
vamos dormir.
Coisas prateadas soam como bodas de flores e frutos: somos noivo e noiva, como se fosse a primeira vez. 

terça-feira, 12 de novembro de 2024

Caminho, verdade e vida

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Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida; porém, a experiência Dele como Caminho, é no caminho; a experiência Dele como Verdade, acontece nas verdades do coração; e a experiência Dele como Vida, se realiza na existência que é vida e na vida que é existência; ou seja: no cotidiano.
Assim, Ele é o Caminho, a Verdade e a Vida, mas só se O conhece desse modo, e pela fé, se nossa existência for consciente da Graça, e acontecer no caminho (indo…), na verdade (sendo…) e na vida (existindo).
Ou seja: a gente só conhece o Caminho no caminho, só conhece a Verdade em verdade, e só conhece a Vida se tiver coragem se ser e existir pela fé.
Ora, isto não é um manual de doutrinas, mas um ato de entrega e confiança, e que se renova em fé todos os dias, e que se nutre da Palavra que é dinamizada pelo Espírito.
Isto, todavia, não acontece num banco de escola dominical, mas sim nos bancos de ônibus, em filas de espera, em encantamentos e desencantamentos, em aprendizados e tribulações; em amores e perdas; em conquistas e fracassos; em medos e superações; em virtudes que se seguem de desvirtudes.
Ou seja: tais realidades maiores do Caminho, Verdade e Vida que é e são Jesus, são construídas dentro das realidades menores de nossos pequenos caminhos, verdades e vidas, em Jesus, e conforme vivemos.
A “igreja” nunca entendeu isto! Jamais!.
Mesmo que eles vejam Jesus mandar o Gadareno para casa sem controle humano; ou que percebam como Jesus não mandou que alguém seguisse o Centurião da Fé, ou a mulher Siro-Fenícia para ver se eles não se “desviavam da fé”; ou que saibam que o Espírito Santo é promessa de Jesus para cada um de nós, e não apenas para os que “controlam os demais” que no nosso caso são os pastores, os bispos e os apóstolos feitos nas linhas de produção da indústria evangélica; ou que creiam e até ensinem que Jesus mandou que “fôsemos”, não que “ficássemos”…; e que “indo… fizéssemos discípulos”,ainda assim eles insistem em que alguém que não esteja sob seus “cobertores de discipulado conjugal”, em razão de sua própria maturidade de consciência, é um “desviado”.
A única “reunião” boa e sadia de qualquer coisa que se chame igreja, é aquela que acontece como resultado de cada um estar andando com Jesus no caminho, na verdade e na vida, com as próprias pernas e em crescimento da consciência; e que vêm tais pessoas ao “ajuntamento” para encontrar os irmãos e para adorarem juntos, Aquele a Quem eles adoram no secreto também.
Do contrário, é o ajuntamento dos culpados e paralizados, e que vão à “casa de Deus” como quem vai a uma “cachoeira encantada”; ou ao “fisco espiritual”; ou a um “lugar de poder” de uma tribo indigna.
A perplexidade da “igreja” é que ela já percebeu que seu “modelo” está morto e sepultado; e não sabe o que fazer em contrário.
Já apelaram para tudo.
Já se vestiram de “Carmem Miranda”, e já “rodaram todas as baianas”… Mas sabem que somente as almas pedradas conseguiram e conseguirão ficar nela; ou somente os incautos em fase de auto-engano-piedoso é que ainda podem ficar paralisados em seus bancos de penitêcia.
Ou seja: ou a “igreja” se rende, e depõe as armas; ou ela vai ficar “igreja” para sempre.
Mas o Caminho do Reino não se deterá nela.
Eu, pessoalmente, creio que uma aqui… outra ali… as consciências vão se acendendo.
Mas, como um todo, não creio que o “Templo de Jerusalém” se converta ao Evangelho do Reino.
Eles jamais renunciaram ao poder.
Por que renunciarão agora?.
Pelo contrário, eles se armam, e, com todas as forças, tentam segurar os seus lugares, ao invés de dizerem: “Convém que Ele cresça; e que eu (igreja, doutrinas, dogmas, pastores, etc…) diminua”.
E mais: enquanto o Templo de Jerusalém estava erguido (ano 70 d.c.) a maioria dos apóstolos continuavam a ter aquele lugar como “lugar santo”, e somente Paulo já dele estava liberto desde sempre.
Somente a destruição do Templo acabou por “espalhar” de vez a igreja, o que era ordem de Jesus desde o início.
Templos de religiosos são Lugares de Poder.
São Potestades.
São Entes maiores que o homem!.
Jesus, todavia, não só é o Caminho, mas é do caminho.
Foi assim que ele existiu entre nós. Este é também um essencial legado existencial do Evangelho!.
Assim, convém que o Evangelho faça seu próprio Caminho, e que a “igreja” tenha ciúmes; pois, pode ser que assim, pela via dos “ciúmes” (Rm 9 e 10), ela venha lembrar-se que é apenas “oliveira brava”, e que foi “enxertada” pelas misericórdias de Deus numa história de Graça da qual todos nós estávamos alienados.
E saiba: o Caminho da Graça não é uma coisa-lugar; antes é uma mensagem, é um espírito, é um entendimento, é um modo de ser, é uma busca permanente de viver o Caminho, no caminho; a Verdade, na verdade; e a Vida, na vida-existência de cada um de nós.
Nesse caso, o caminho vai conforme você anda com Jesus, no Caminho!. embora isto só aconteça no caminho humano de cada um de nós.
Todavia, em breve, como já tenho dito, estaremos podendo, pela Graça de Deus, ajudar a muitos e muitos, que, à sua semelhança, gostariam de ter um ponto de contato e de comunhão com muitos outros que já discerniram qual é o espírito do Evangelho de Jesus. 

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